Saúde Mental
- Convidados
- 1 de ago.
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Vivemos em tempos em que as 24 horas do dia, às vezes, não são suficientes para fazer tudo o que precisamos. Fazemos malabarismos para conciliar trabalho, casa, estudos, família... Precisamos encontrar um tempo, em agendas apertadas, para jantar em um restaurante de que gostamos, para fazer uma viagem que estamos programando há meses ou, até mesmo, para começar na academia.
Acabamos nos perdendo na rotina, no ritmo acelerado que nos é exigido no dia a dia, e deixamos de fazer coisas de que gostamos ou que são benéficas para nós, por não encontrarmos tempo, ou porque estamos muito cansados. E, por vezes, deixamos de cuidar da coisa mais importante que temos: nossa saúde. De repente, surgem a enxaqueca, a fadiga sem esforço, o estresse e a ansiedade... E fica difícil manter a rotina e a cabeça no lugar.
Como alguém que já teve um episódio da Síndrome de Burnout e que sofre de ansiedade, digo que a coisa mais importante que tenho — e à qual mais dou valor — é a saúde. Pois, se não estamos 100% com nossa saúde mental, não conseguimos manter nossa produtividade ou mesmo realizar pequenas tarefas do cotidiano que antes eram habituais e, agora, parecem tão difíceis de serem feitas. E, diferente do que algumas pessoas pensam, a doença chega silenciosamente e sem o menor aviso. Agora é a hora de mudar, de olharmos para nós e encontrarmos um tempo para nos cuidar.

Alguns podem estar se perguntando: “Como vou fazer isso?” Eu mesma já me fiz essa pergunta várias vezes, e a resposta é mais simples do que imaginamos: desacelere! Respire fundo, faça uma tarefa de cada vez, não tente resolver ou consertar o mundo da noite para o dia, pois isso é impossível. Pratique atividade física, pois isso é importantíssimo. Encontre um tempo para fazer algo de que goste! Pode ser andar de bicicleta, correr no parque, fazer aulas de pintura ou, simplesmente, ler um livro. O importante é ter uma válvula de escape, algo a que você possa recorrer quando sentir que está prestes a perder o controle.

Na teoria, é muito mais fácil do que na prática — acreditem, eu sei. Mas a parte mais difícil de tudo isso é começar. Depois que você começa a olhar com carinho para si mesmo, a se cuidar, pegar gosto pelo bom hábito e não conseguir mais ficar sem, é um caminho sem volta. Todos nós teremos dias ruins. Cabe a nós escolher como vamos enfrentá-los, e ter um refúgio ajuda mais do que se possa imaginar. Entendam: se você não fizer isso por você, ninguém fará.
Artigo: Raquel Mileski
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