A frase “Che Cosa è L´Amor” (O que é o Amor?) ficou famosa em uma das óperas de Mozart. Porém, não se trata de tarefa fácil responder essa indagação. Ou melhor, você seria capaz de responder? Ao meu modo de pensar, enfrentar essa questão exige certa reflexão. Caso contrário, a resposta seria rasa e pautada em bens materiais, o que não seria suficiente, por óbvio. Afinal, segundo uma lição de Allan Kardec, “o homem não possui de seu senão o que pode levar deste mundo”.
Mesmo assim, a mídia tradicional, incentivada pela indústria de consumo, procura exibir o amor por intermédio de mulheres e homens bonitos, influencers, viagens e carros luxuosos, dentre outros bens materiais. Esse fenômeno, no entanto, causa tão somente inveja, discórdia e infelicidades. Enfim, cria pessoas contaminadas e desprovidas de qualquer desenvolvimento espiritual e intelectual, razão pela qual, nada tem a ver com amor. Pelo contrário.
Em verdade, a resposta ao que é o amor está no Natal, símbolo do nascimento de Jesus e, portanto, tempo de esperança e renovação. O Natal traz consigo o ideal de fechamento e início de novos ciclos. Não se limita a um jantar de comemoração entre familiares. É muito mais. Natal representa um momento de reflexão, esperança e agradecimento por nossas vidas, família, amigos, saúde e trabalho. Enfim, tempo de celebrar a boa nova trazida por Jesus. Tempo de celebrar o amor e caridade entre as pessoas, mesmo porque, como bem disse o apóstolo Paulo em sua carta aos coríntios, “ainda que eu possua o dom da profecia e conheça todos os mistérios e a ciência inteira, ainda que tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tenho amor, não sou nada. […] O amor é paciente, é amável; o amor não é invejoso nem fanfarrão, não é orgulhoso, nem faz coisas inconvenientes, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade”. Feliz Natal! Viva!
Curitiba, Parque Barigui, 17 de dezembro de 2023
Carlos Alberto Farracha de Castro
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