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Formula 1: e a nova geração

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    Convidados
  • 25 de jul.
  • 2 min de leitura

Arte: Habner Matheus
Arte: Habner Matheus

Ao longo dos últimos anos, a Fórmula 1 passou de uma categoria tida por muitos como elitista e distante para uma das mais ascendentes entre os jovens. Esse movimento não foi por acaso, mas, sim, fruto de uma estratégia ousada e eficaz de marketing, que uniu narrativas envolventes, presença digital e novas linguagens com o fim de transformar a imagem do esporte.


Um dos marcos dessa verdadeira virada de chave, foi o lançamento da série documental Drive to Survive, da Netflix. Produzida em parceria com a Liberty Media, atual proprietária dos direitos da categoria, a série estreou nas telas em 2019 e ofereceu ao público uma visão jamais acessada dos bastidores das corridas.

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Mais do que mostrar ultrapassagens e acidentes, a série humanizou os pilotos, revelou tensões entre as equipes e criou arcos dramáticos dignos de ficção.

O resultado não poderia ser outro.


Nos anos subsequentes, verificou-se um aumento bastante significativo no número de jovens fãs e o crescimento da audiência global, especialmente nos Estados Unidos — país que, historicamente, tinha pouco apreço pela categoria.

Outro exemplo recente dessa aposta na linguagem do entretenimento é o lançamento do filme F1, estrelado pelo astro Brad Pitt. A mistura entre ficção e realidade potencializou a imersão e reforçou a imagem da categoria como um espetáculo multimídia.

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Esses movimentos estão inseridos em uma lógica muito maior: a de transformar o esporte em um produto de consumo cultural e universal. Com isso, a F1 rompeu barreiras tradicionais, ampliou sua base de fãs e se alinhou às expectativas de uma geração que valoriza autenticidade, entretenimento, acesso aos bastidores e identificação com os protagonistas.

Como advogado desportivo, enxergo, nesse processo, uma série de reflexões para outras modalidades e entidades esportivas, inclusive aqui no Brasil. A fórmula (sem trocadilhos) passa pela valorização da narrativa, pela integração com plataformas digitais e pela coragem de experimentar novas linguagens.


O esporte, afinal, não compete apenas com outros esportes — ele disputa atenção com jogos, séries, redes sociais e todo o ecossistema de entretenimento digital. E a Fórmula 1, sem dúvidas, soube acelerar no tempo certo.


Artigo: Paulo Guilherme A. dos S. Giffhorn

 
 
 

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