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Quem, afinal, foi Zumbi?

Na próxima quarta-feira, 20 de novembro, pela primeira vez o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será feriado nacional. Além da necessidade de todos encararmos este como um dia de profunda reflexão contra o preconceito e o racismo, precisamos, também, revisitar a história nacional a fim de compreender quem, afinal, foi Zumbi.

Zumbi nasceu em 1655 na então capitania de Pernambuco, região que hoje pertence ao município de União dos Palmares, no estado do Alagoas. Nascido livre no Quilombo dos Palmares, maior quilombo brasileiro, aos 6 anos de idade foi capturado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e entregue como escravo ao Padre Antônio Melo. Com 15 anos, libertou-se e conseguiu retornar à região de Palmares, onde se tornou importante líder militar.

Em meados de 1678, buscando pôr fim ao longo e interminável conflito, o Governador da capitania de Pernambuco propôs, ao líder do Quilombo dos Palmares, um “acordo de paz”, pelo qual a região deveria submeter-se à autoridade da Coroa Portuguesa em troca da liberdade de todos os escravos fugidos. Irresignado com o fato de Ganga Zumba, líder do quilombo, ter aceitado a proposta da Coroa, e prometendo continuar a luta e a resistência contra o despotismo português, Zumbi tornou-se o novo líder de Palmares.

Em 20 de novembro de 1695, após dezessete anos de persistência e luta contra a Coroa Portuguesa, Zumbi foi traído por um de seus capitães, António Soares, e morto após um intransponível ataque comandado por Furtado de Mendonça.

Um dos maiores (senão o maior) líderes do combate à escravidão e à desigualdade racial no Brasil, Zumbi é o principal símbolo nacional do movimento de resistência negra, sendo, desde 1996, considerado herói nacional, através da Lei Federal nº 9.315/96.



Paulo Guilherme A. dos S. Giffhorn


 

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