Embora um político de carreira e desprezível por décadas, Jair Bolsonaro elegeu-se com o lema de acabar com a “velha política”. E mais: liberar o Brasil da corrupção, por intermédio de uma agenda liberal. Infelizmente, elegeu-se em razão da rejeição das elites ao Partido dos Trabalhadores, assolado em denúncias de corrupção na Operação “Lava Jato”, bem como representado por uma “Presidenta” que não sabia dialogar e muito menos resolver a crise econômica enfrentada pelo Brasil.
Aqui, pois, reside um dos maiores malefícios deixados pelo Partido dos Trabalhadores a saber: que todo pensamento social-democrata (ou de esquerda, como querem alguns) é corrupto. Não é verdade. Pelo contrário. Assim, surgiu Bolsonaro. Porém, ressalvados seus séquitos que ainda o denominam de “mito”, ninguém imaginava que fosse tão despreparado em todos os sentidos. Agora, continua fácil para as elites, uma vez que sustentam: “não votei no Bolsonaro, votei contra o PT”. Não é verdade. Votaram sim no Bolsonaro (uma vez que existiam outros opções de candidatos) e, portanto, são responsáveis pelo caos vivenciado pelo Brasil.
Aliás, a situação é tão maluca que o candidato de Jair Bolsonaro para assumir a presidência do Senado obteve o apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores. Enfim, tudo “farinha do mesmo saco”.
Mas não é só. Causa perplexidade o número de pessoas que ainda denominam Bolsonaro de “mito”. Mito? Que mito? Descobri um verdadeiro mito da incompetência. Basta ver o caos sanitário que se encontra o Brasil e a dissimulação de Bolsonaro ao rejeitar a vacina, aparecendo em fotos sempre rindo, quando senão falando “palavrões”, ou ainda, incentivando separação de alunos com deficiência. Enquanto isso, os números de morte se multiplicam, acompanhado da alta taxa de desemprego. Efetivamente é um mito, produto das elites.
Carlos Alberto Farracha de Castro
Advogado – Doutor em Direito UFPR
Comments