É fato que o tempo não para. Talvez, por isso, Guimarães Rosa ensinou que “o real não está no início nem no fim, ele se mostra para gente é no meio da travessia”. Com razão, para dizer o mínimo.
No calendário gregoriano, o ano novo sempre é um dado concreto. Mesmo assim, habitualmente, escuta-se que já estamos no mês de maio, ou mesmo setembro; enfim, que a vida está passando rápido. Para os jovens, cuida-se de conversa de idosos. Até pode ser. Porém, o importante é saber o que você faz com sua a vida, mesmo porque, como esclarece Adilson de Oliveira, professor de física da Universidade Federal de São Carlos, “é fácil perceber que muitos de nós estamos escravos de nossas escolhas a partir de um marcador que já sabemos ser artificial. O relógio oprime, porque colocamos mais e mais coisas em nosso dia”.
A malsinada pandemia da covid-19 demonstrou que a vida precisa de pausas. Isso mesmo: pausas, cujo significado é autoexplicativo. Porém, ao que tudo indica, nada adiantou. Afinal, em que pese os avanços tecnológicos, a exemplo do home office e reuniões virtuais, as pessoas, em sua maioria, retornaram aos seus velhos hábitos, geralmente pautados na volúpia de enriquecer materialmente, independentemente dos custos e meios para tanto.
Portanto, não deixe de pensar e tentar concretizar seus sonhos e objetivos. Todavia, não basta imaginar. Pelo contrário. É preciso investir em mecanismos de realização, inclusive trabalhar, porque o trabalho se constitui como o meio de realização de seus valores. Enfim, é preciso viver com intensidade, cuidando da saúde, dos seus familiares, dos amigos e dos propósitos lícitos, colocando em prática seus planos. Afinal, vida não para, somado ao fato que toda mentira tem o seu dia da verdade.
Carlos Alberto Farracha de Castro
Curitiba, Parque Barigui, 04 de fevereiro de 2024
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