O dinheiro é uma construção humana. Segundo fontes, as primeiras moedas originaram-se na atual Turquia, no século VII A.C. As moedas surgiram para substituir as trocas (escambo) entre os homens, as quais destinavam-se à garantia da sobrevivência humana. O dinheiro, portanto, tornou-se objeto de uma busca desenfreada por parte dos homens, independentemente dos meios utilizados para consegui-lo e a necessidade de guardá-lo propiciou o nascimento dos bancos, no século XVII. O ato contínuo de se realizarem trocas em moedas auxiliou a criação de um sistema econômico, denominado capitalismo.
Segundo informações do website Brasil Escola (acesso 01/07/2023), “o capitalismo é um sistema em que predomina a propriedade privada e a busca constante pelo lucro e pela acumulação de capital, que se manifesta na forma de bens e dinheiro. Apesar de ser considerado um sistema econômico, o capitalismo estende-se aos campos políticos, sociais, culturais, éticos e muitos outros, compondo quase que a totalidade do espaço geográfico." Independentemente das teorias e críticas a respeito do capitalismo, até o presente momento, este sistema econômico sobreviveu às demais ideologias, sistemas de produção e até religiões.
Infelizmente, no cenário atual, o que prevalece é a cultura de acumulação de dinheiro, não importa sua origem. A hipocrisia da sociedade contemporânea valoriza a riqueza material acima de tudo. Aqueles que são detentores de bens materiais acham que podem fazer de tudo sem ter que lidar com as consequências de suas ações. Apoiados por seus bajuladores de plantão, não respeitam ao próximo e nem mesmo aos seus próprios familiares; dizem o que pensam e dominam as redes sociais, ostentando carros, viagens, joias e roupas, inclusive candidatando-se para coordenarem entidades privadas e públicas. Triste fim.
Quanto à minoria que privilegia princípios imateriais, resta observar e lembrar que “a arrogância antecede ao tombo”. Aliás, segundo uma lição de Allan Kardec, “o homem não possui de seu, senão o que pode levar deste mundo”. Percebe-se, então, que o conceito de fortuna material, hereditária e eterna inexiste, motivo pelo qual ricos ficam pobres e vice-versa. Assim caminha a humanidade.
Carlos Alberto Farracha de Castro
Curitiba, Parque Barigui, 01/07/2023.
Análise, como de costume, cirúrgica! Parabéns!