Inevitável a necessidade de estudar a história para compreender o presente e talvez até prever o futuro. Para alguns pensadores a história se repete. De qualquer sorte, atualmente, existem direitos fundamentais, a exemplo da liberdade de religião e de expressão. Contudo, essas conquistas derivam da insurgência de inúmeros jovens, décadas atrás. Alguns tiveram suas vidas ceifadas, outros a liberdade. Enfim, o movimento estudantil propunha melhorias na educação e não compactuava com as guerras, tiranias e ofensas ao meio ambiente.
Para se entender a importância dos movimentos juvenis para concretização de uma sociedade mais justa e solidária, recomenda-se a leitura da obra do jornalista e escritor Zuenir Ventura, denominada “1968: O ano que não terminou”. Além disso, assistir ao documentário “1971: O Ano em Que a Música Mudou o Mundo”, exibido pela Apple TV+. Por óbvio, era um período de turbulência política e cultural, que resultou em um novo cenário social, inclusive de renascimento musical. Naquela época os jovens não transigiam com as guerras e os abusos sociais.
O cenário atual, no entanto, é diverso, embora a juventude, em sua maioria, também não compactue com a tirania, corrupção, guerras, dentre outros malefícios da contemporaneidade. Causa perplexidade, porém, seu silêncio. Talvez, pelo fato que agora se dediquem essencialmente à aparência, externada em mídias sociais, a exemplo do Instagram e TikTok. Nesse mundo virtual e imaginário, tudo é perfeito. Ninguém tem depressão ou mesmo está desempregado e com necessidades financeiras. Pelo contrário. Aliás, com razão Thierry T. Padón quando advertiu que “o Twitter faz você pensar que é um filósofo; o Instagram, que é um fotógrafo; e o Facebook, que tem muitos amigos. O despertar será doloroso”.
Inegável, pois, que o silêncio da juventude causa preocupação. Enquanto isso, outra vez, multiplicam-se ditadores, transgressões ao meio ambiente, guerras e corrupção.
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