A tecnologia avança a galope, e mal podemos acompanhá-la.
Marcio Sallem e a Deepfake sobre o vídeo de Morgan Freeman.
Este vídeo foi criado pelo diretor Bob de Jong a partir de um software de inteligência artificial, com a voz do ator Boet Schouwink, na técnica popularmente conhecida como deepfake.
A nossa incapacidade de distinguir o deepfake do ator Morgan Freeman é assustadora em como revela o avanço desta tecnologia.
Eu até me assusto em pensar nas consequências disto nas mãos de pessoas anti-éticas: artistas "ressuscitando" atores já mortos; campanhas políticas aprofundando-se ainda mais em notícias falsas; criminosos utilizando o recurso para cometer crimes etc.
Algumas tecnologias são iguais às caixas de Pandora, e não deveriam ser abertas. Eu temo em como, daqui a 5 ou 10 anos no máximo, o deepfake se torne algo corriqueiro e um dia eu me veja andando na Lua sem jamais ter saído do planeta.
O que você pensa a respeito do deepfake?
Texto
Marcio Sallem é crítico de cinema filiado à Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), à Online Film Critics Society (OFCS) e à Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci).
Instagram: @cinemacomcritica
Vídeo
This is not Morgan Freeman - A Deepfake Singularity
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