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Foto do escritorCarlos Alberto Farracha de Castro

As Torres do Balneário Camboriú


Balneário Camboriú é um fenômeno comercial, com seus prédios arranha-céus. Alguns denominam a cidade de “Dubai brasileira”, mesmo porque, além dos prédios, é comum ver carros importados pelas ruas da cidade e lanchas passeando por suas praias. Não se sabe o motivo dessa exploração imobiliária. Entretanto, é melhor nem investigar. Inegável, porém, é que existe uma semelhança com as cidades medievais.

Afinal, quando se está em Balneário Camboriú, obrigatoriamente, depara-se com prédios arranha-céus, destacando o nome das incorporadoras, sobrenomes e outros títulos de nobreza. Enfim, algo semelhante com antigas cidades medievais italianas, a exemplo de San Gimignano. Explica-se.

San Gimignano é uma cidade medieval italiana situada nas colinas da Toscana. Antigamente, a cidade tinha 72 enormes torres, as quais eram usadas para refletir riqueza – o tamanho da torre era proporcional à riqueza de seu titular. Cuidava-se de uma competição para ostentar a fortuna. Sucede que, anos depois, no século XIV, toda essa opulência e soberba entrou em decadência. A peste negra reduziu drasticamente a população da cidade, levando a economia a uma crise irreversível.

Espera-se que Balneário Camboriú não tenha o mesmo fim das cidades italianas; ao contrário, continue sendo um destino de férias, com atrações para todas as idades, notadamente com praias, bares, shoppings, bons restaurantes e mirantes. Todavia, nunca é demais relembrar que soberba e ostentação a ninguém auxiliam. A vaidade, por sua vez, é o pecado que o Diabo mais gosta, diz a lenda.


Por Carlos Alberto Farracha de Castro

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